A roda de conversa contou com a presença e comentários da coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU), em Patos de Minas, Élida Abreu.
Na tarde dessa quarta-feira (06/10), reuniram-se, na Câmara Municipal de Patos de Minas, os integrantes do Parlamento Jovem, da Escola do Legislativo, para a 9º reunião do programa em continuidade ao tema da edição de 2019 – Discriminação Étnico-racial. A roda de conversa teve como proposta o sistema de “Cotas Raciais”.
“As cotas são uma tentativa de reparar os 388 anos de escravidão e a escravidão estrutural que ainda persiste”, afirma a coordenadora do Movimento Negro Unificado (MNU), em Patos de Minas, Élida Abreu, negra e cotista, que somou ao debate com a experiência diária: “A gente sente na pele, literalmente”, desabafa Élida. Esse sistema existe há algum tempo, tendo sido incluído na Constituição Brasileira de 1988.
Já, o coordenador da Escola do Legislativo, Guilherme Moura, levou à roda de conversa algumas questões polêmicas que envolve diretamente o tema, propondo aos participantes uma reflexão sobre a atual conjuntura das políticas públicas voltadas à educação e acesso aos sistemas públicos. “Levar o debate até eles (integrantes) é um exercício de reflexão e aprendizado para todos, inclusive a mim”, conta Guilherme.
Por sua vez, os alunos se mostraram bastante participativos e opinativos, defendendo o seu ponto de vista democraticamente, como argumentou o vereador-estudantil e aluno do Colégio Marista, Lucas Faria Ribeiro, que, em sua fala, defendeu o sistema de cotas raciais.
As atividades do Parlamento Jovem deste ano já discutiram assuntos como bullying, racismo e apropriação cultural. Agora, os alunos avançam para a etapa prática, em que irão propor projetos de lei à Comissão de Participação Popular (CPP), e, assim, “interferir de fato na realidade do município”, conclui o coordenador da Escola do Legislativo, Guilherme Moura.
Autor: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Patos de Minas.