Os vereadores averiguaram a construção, que, segundo laudo, não havia saído do papel. Geovane Maciel de L. Júnior, fiscal de obras da Prefeitura, é o próximo a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Desde a reunião de 17 de março, o trâmite dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar, elucidar e fiscalizar, no prazo de 120 dias, possíveis ilegalidades praticadas pelo secretário municipal de Planejamento, Júlio Cezar de Castro Fonseca, permaneceu “também em quarentena, por recomendação do Mistério Público” devido à Covid-19, como explicou o relator da CPI, David Balla. Patos de Minas possui 1 óbito, 16 casos confirmados, 365 casos suspeitos relativos à pandemia, segundo dados da Secretária Municipal de Saúde.
Na primeira semana de maio, a Câmara retornou às atividades, com sistema de revezamento dos servidores, em devida atenção às exigências do Ministério da Saúde. Assim, também retomou-se as atividades CPI, que, segundo o autor do requerimento, Mauri da JL, não esteve de todo parada. “Nós vereadores, membros da CPI, não estávamos totalmente parados, porque os vereadores não pararam. Continuamos em buscas de provas e documentos”, concluiu.
E, na manhã desta terça-feira (12/05), os membros da CPI: vereadores Braz Paulo de Oliveira Júnior (presidente), David Antônio Sanches – David Balla (relator), Mauri Sérgio Rodrigues – Mauri da JL (autor do requerimento), Maria Dalva da Mota Azevedo – Dalva Mota (membro) e Otaviano Marques de Amorim (membro), visitaram a obra da Construprimos Indústria Comércio e Transportes, na Rua dos Caiapós, Caramuru, 1240, acompanhados do depoente da reunião de 17 de março e responsável pela construção, José Antônio.
A visita tratou de averiguar o laudo emitido pelo fiscal de obras da Prefeitura, Geovane Maciel de L. Júnior, próximo a depor na CPI, que alega o não início das obras pela construtora no período determinado, o que contradiz a atual situação verificada na inspeção. Com 8% da obra construída, 8 dos 100 apartamentos propostos, dois prédios destacam-se no local, com 4 apartamentos cada. O telhado já acumula lodo, há cerâmica em todos apartamentos, paredes rebocadas e sinais de vandalismo, pias quebras e fiação elétrica violada, além da presença de mato alto em volta do lugar com difícil acesso.
O relator David Balla registrou imagens do interior da construção com o aparelho celular, as quais, possivelmente, serão apresentadas na próxima reunião, há definir, com a presença do fiscal de obras Geovane Maciel de L. Júnior, que responderá aos questionamentos do relator.
Em razão do tempo de paralisação das atividades da CPI, que consumiu por volta de um mês e meio do prazo de 120 dias, “é possível que haja prorrogação de 80 dias”, segundo Mauri da JL, caso Braz Paulo, presidente da CPI, faça o respectivo requerimento. Até então, a Comissão Parlamentar de Inquérito segue o trâmite normal.
Autor: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Patos de Minas.