A Câmara Municipal de Patos de Minas realizou audiência pública na última terça-feira (18/4), no plenário da Casa Legislativa, para prestação de contas da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas.
A audiência tem por finalidade prestar esclarecimentos a respeito dos recursos públicos recebidos pela Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas, em cumprimento ao Requerimento n.º 010/2023, aprovado por esta Casa Legislativa, de autoria do vereador Mauri Sérgio Rodrigues e coautoria dos demais membros da Mesa Diretora.
Estiveram presentes o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas, Marco Antônio Nasser de Carvalho; e o gerente administrativo/financeiro, Jorge Luiz de Araújo; bem como o presidente da Câmara Municipal, vereador Gladston Gabriel da Silva, e os parlamentares Mauri Sérgio Rodrigues – Mauri da JL, Wanderlei Rodrigues Resende – Professor Delei, Vitor Porto Fonseca Gonçalves, José Eustáquio da Faria Junior, João Batista Gonçalves – Cabo Batista, José Carlos da Silva – Carlito; Ivanir Rosa de Oliveira – Ivan Rosa.
O autor do requerimento, vereador Mauri da JL, agradeceu a disponibilidade dos representantes da Santa Casa, enalteceu o trabalho que vem sendo prestado pela instituição, manifestou o respeito que a Casa Legislativa tem pela unidade hospitalar e, ao final, explicou que o momento é de muita relevância para esclarecimento de todas as dúvidas sobre as verbas destinadas à Santa Casa.
Por sua vez, o presidente da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas, Marco Nasser, falou da relevância de prestar contas e destacou sobre a importância dos vereadores para a destinação de recursos ao hospital. “Desde o início, a intenção é fazer uma gestão transparente. E nós precisamos da Câmara nos incentivando e apoiando. Sem a Câmara, a Santa Casa não existiria. Os vereadores têm contribuído muito, especialmente com a destinação de verbas impositivas ao hospital”, destacou Marco.
Durante toda a audiência, os vereadores sanaram dúvidas com relação ao conteúdo apresentado, elogiaram o trabalho que a Santa Casa realiza para a população do Município e região e propuseram pontos que podem ser melhorados na instituição. Todo o material de prestação de contas detalhada foi encaminhado aos gabinetes dos parlamentares, para análise e fiscalização minuciosa dos vereadores. “A nossa função é avaliar onde o dinheiro está sendo aplicado e cumprir com o nosso papel de fiscalizador e de representante da população”, destacou um dos parlamentares.
Ao final, o presidente do Legislativo, vereador Gladston Gabriel, teceu agradecimentos aos representantes da Santa Casa, à Prefeitura e aos demais parceiros que ajudam ao crescimento da Santa Casa, citando, dentre eles, os vereadores que destinam verbas por meio das emendas impositivas. “A união de esforços é primordial para que o projeto continue crescendo”, reforçou Gladston.
Confira, no site institucional www.camarapatos.mg.gov.br, algumas informações importantes sobre a Santa Casa da Misericórdia de Patos de Minas, externadas durante a Audiência Pública.
Confira algumas informações prestadas pelo presidente da Santa Casa de Misericórdia de Patos de Minas, Marco Antônio Nasser de Carvalho
“O hospital não sobrevive somente com as verbas destinadas. Ele também tem o faturamento dele. Hoje estamos faturando na faixa de 1 milhão e meio, com a despesa na casa de 3 milhões e meio, então uma defasagem na faixa de 2 milhões. Mas o faturamento cresceu bem. Começamos faturando, em agosto de 2021, na faixa de 200 mil reais, e hoje estamos em 1 milhão e meio, principalmente com a vinda da Oncologia, que é melhor remunerada por ser de alta complexidade”.
“A intenção é que a gente consiga aumentar a alta complexidade dentro do hospital e, se conseguirmos trazer a hemodiálise do Hospital São Lucas, que ainda está parada, a gente aumenta mais ainda a alta complexidade e o hospital começa a depender menos de recursos do Município”.
“Vamos terminar a obra total esse ano, vamos conseguir a Cardiologia em 2024, a depender de todos trâmites junto ao Ministério da Saúde. Creio que o hospital vai estar completamente maduro em sua operação em 2025”.
“A Santa Casa já está recebendo os recursos da oncologia, cuja habilitação foi feita em meados de dezembro de 2022. A partir dessa data, o hospital começou a receber verba direto do Ministério da Saúde e hoje já existem oncologistas contratados”.
“Estamos com uma área de 6 mil metros e vamos acrescer mais 8 mil metros de hospital. Parte dos serviços do prédio atual vão ser transferidos para o prédio novo. A primeira coisa que queremos é inaugurar, até o final de maio, é a área de quimioterapia, para dar mais conforto aos pacientes. O restante dos 4 andares serão entregues juntos, de forma definitiva”.
“Sobre a ampliação da Santa Casa, no subsolo teremos a parte de manutenção, farmácia e ambulatórios. No primeiro piso, estará a quimioterapia, a área de hemodiálise, a ampliação do Centro Diagnóstico de Imagem e, futuramente, queremos colocar ressonância magnética. No segundo andar, estará o bloco de urgência e emergência, para se ter mais velocidade, como blocos cirúrgicos, CME que faz desinfeção de materiais; Cardiologia, UTI, Pronto Socorro e Bloco Obstétrico. O último andar será 100% de enfermarias. E área administrativa provavelmente será fora do hospital, em algum anexo”.
“Sobre os partos, teremos uma sala para cesarianas e 3 salas de parto normal com uma banheira para parto norma. Dessa forma, o Hospital já começa a se adequar para a realidade de parto humanizado”.
“As cirurgias que estão sendo feitas na Santa Casa são de baixa e média complexidade, como de vesículas, hérnias e hemoróidas; mais as oncológicas e os partos. Já as cirurgias ortopédicas não são realizadas pela Santa Casa, somente pelo Regional. O serviço ortopedia é complicado para a Santa Casa, pois os equipamentos ortopédicos são muitos caros, e o que a Santa Casa iria receber pelas cirurgias ficaria defasado. Assim, o custo da operação torna-se inviável”.
“Sobre a expansão do Hospital, todo investimento de construção civil é feito pela Fepam”.
“O trabalho que realizamos é de muito esforço e cuidado. Se não tiver verbas públicas, não viabiliza. O esforço é para o hospital crescer, para ter forças próprias e depender menos de verba pública, para que possam ser investidas em outras finalidades. Uma de nossas grandes preocupações é com a sustentabilidade do Hospital, de modo a atender a população sempre com qualidade”.
