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CPI da Câmara Municipal que investiga atuação da Copasa em Patos de Minas ouve depoimento de morador do distrito de Major Porto  

Carlos José Coimbra afirmou que a água do distrito é tratada apenas com cloro.

A Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI/01/2021, que investiga denúncia de possível descumprimento do contrato por parte da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), realizou a 14ª oitiva na tarde dessa quarta-feira (25/8), oportunidade em que ouviu Carlos José Coimbra, morador do distrito de Major Porto.

Questionado pelo vereador-relator José Eustáquio se existe tratamento de água realizado pela Copasa no Distrito de Major Porto, o depoente relatou que a água é retirada do poço artesiano e levada a um reservatório onde é tratada. “Nós sabemos que, nesse tratamento, eles usam somente cloro, inclusive é nítido, no gosto da água, o dia em que eles colocam o cloro lá”, destacou.

Carlos ainda citou que a água do distrito possui muito calcário, o que tem ocasionado a queima constante das resistências dos chuveiros. Segundo ele, a Copasa foi questionada sobre o assunto, porém a resposta é de que a água está normal.

Em seu depoimento, Carlos ressaltou que praticamente não consome essa água em sua residência, pois optou realizar a captação de água em um sítio da família para o consumo. “Usamos a água da Copasa apenas para tomar banho, lavar roupa, limpar a casa, dentre outras atividades. Para beber, já faz muitos anos que busco água lá do sítio”, frisou o depoente.

A vereadora e presidente da comissão, Elizabeth Maria Nascimento e Silva - Prof.ª Beth, questionou o depoente sobre a cobrança e o valor das tarifas referentes à água no distrito. De acordo com Carlos, mesmo não havendo tratamento completo da água, o valor da tarifa é alto, sendo o mesmo valor cobrado na cidade. “Eu, por exemplo, pago cerca de R$ 245,00 por mês, para uma família de 4 pessoas durante a semana e 10 pessoas nos finais de semana”, acentuou. O vereador-relator José Eustáquio questionou ao depoente sobre o estado da água que chega às residências, e ele respondeu que aparentemente a água é boa, mas o gosto é “muito ruim”.

Durante a oitiva, o depoente foi indagado sobre a existência da coleta e tratamento de esgoto pela Copasa no distrito. Segundo ele, esse é um problema “muito sério” enfrentado na localidade. Carlos ainda relembrou ter participado de diversas reuniões da Copasa, na qual divulgaram o projeto de implantação da ETE no distrito, que, entretanto, não foi executado. “O esgoto fica solto lá, sem tratamento algum, e, quando chove, o esgoto volta para as casas. O mau cheiro é intenso e, mesmo assim, nós ainda pagamos a taxa de esgoto”, acentuou.

Questionado por quantas vezes a Copasa foi notificada pelos problemas enfrentados no distrito, o depoente afirmou que o Conselho Comunitário, bem como a comunidade, “sempre solicitaram verbalmente providências da Copasa”, porém os problemas nunca foram solucionados.

O vereador-relator perguntou o depoente se, em algum momento, a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de MG – Arsae ou o Município, realizou alguma fiscalização no distrito. Carlos disse que não, e, ao ser questionado também sobre quantas obras a Copasa realizou no distrito para melhorar a estrutura e a prestação de serviço desde 2008, afirmou não se recordar de obras realizadas nesse sentido.

Indagado pelo vereador João Marra sobre se o depoente tem conhecimento de algum tipo de análise da água que é servida no distrito, Carlos Coimbra informou que, uma vez, foi realizada uma análise da água em Belo Horizonte. “O representante da Copasa disse que a água, por ter muito calcário, é boa para os ossos. De acordo com a análise, não foi detectado nenhum problema no consumo dessa água, porém não souberam explicar o porquê de as resistências dos chuveiros queimarem tanto. A preocupação da comunidade é se esse resíduo permanece ou não no organismo de quem bebe essa água”, relatou Carlos.

Por fim, em resposta sobre a qualidade da água em época de chuva e se o poço fica próximo à área de dejetos de animais e ao cemitério, o depoente informou que, na época das chuvas, a água fica um pouco suja, e que o poço artesiano fica próximo a uma fazenda, há cerca de 400 metros de distância do cemitério do distrito.

Ao final, a vereadora e presidente da comissão, Prof.ª Beth, agradeceu a presença de todos e afirmou estar satisfeita com os últimos depoimentos.

A gravação da transmissão ao vivo da 14ª oitiva da CPI do Legislativo Patense que investiga a Copasa está disponível no YouTube, Facebook oficial e site institucional camarapatos.mg.gov.br.

Autor: Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Patos de Minas.

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